Essa é uma dessas coisas que vejo e tenho uma vontade instantânea de ter! A mesa traz romance para as refeições de casais com pouco espaço. A ideia incrível é  do designer espanhol Daniel Gantes.

É essa a solução para o meu desejo recorrente  de comer na varanda.

Uma taça de champagne. Duas. Salada de mini-agrião com lulas, perfeitamente temperada com algumas gotas de limão siciliano, azeite e pimenta-do-reino. Tudo bem misturado. Vinho branco, quase gelado, levemente adocicado. Atum de cor viva na crosta de sal grosso e ervas da horta. Purê de batata com um toque de wasabi e tomates sweet grape assados. Ácido e adocicado, explode na boca. Por cima, chimichurri argentino fresquinho. Uma linda torta de chocolate, macia, aerada, festiva. Água com gás, gelo e limão e palavras bem ditas ao pé do ouvido.

Foto da Scousevet.

O pavor dos vegetarianos: uma revista (linda!) inteiramente dedica ao pecado da carne, literalmente. Nunca havia ouvido falar até que a querida da Dani Arrais fez uma série de entrevistas com amantes da carne e descobriu a Meatpaper, revista trimestral americana t-o-t-a-l-m-e-n-t-e voltada para à carne. E a publicação é linda, de muito bom gosto. Não se trata de uma revista de receitas, mas de estilo de vida. “Apesar de parecer que carne é um assunto único, não é. A gente publica conteúdo de vários gêneros: jornalismo, arte, antropologia. O principal da revista são séries de entrevistas com pessoas que passam suas vidas engajadas no assunto carne.”, diz Sasha Wizansky, editora-chefe e ediora de arte da publicação.

Pra ler mais sobre as matérias da Dani é só vir aqui e aqui. Mas se prepare: vai dar vontade de comer um belo bife depois!

Minha amiga Clara estava precisando de um dicionário com “artigos de comida”  em inglês/português online. Como qualquer um, saiu perguntando pelas redes sociais pra ver se alguém ajudava. Eu não ajudei em nada, mas pedi que me mandasse o link quando encontrasse. Sempre querida, ela enviou assim que achou e acabou com a minha tarde! Descobri o que os “English speakers” dizem quando vêem uma mandioquinha, um alhó-póró, um cajá, jamelão, jiló, maxixe, seriguela…  e por aí se foram horas! Melhor ainda foi colocar no tradutor pra ouvir se a pronúncia de chuchu pode ser mais divertida do que em Português.

Alho-poró, eu mal poderia acreditar, pode ser chamado de elephant garlic. O inhame, caso você precise comprar um em Nova York ou Londres, peça por um old cocoyam. O jiló tem o imponente nome de scarlet eggplant, parente da beringela, chamada eggplant. E do nordeste brasileiro direto para o hemisfério norte um jambo passa a se chamar red mombin. E o cajá, hog plum.

Mas os favoritos continuam sendo os mais poéticos, como o passion fruit, a starfruit, sweet pepper, rosemary

Se alguém precisar do dicionário, está aqui.

Passion fruit por Sips ans Spoonfuls e starfruit por Corsiglia.

Nossa, como está frio!!! E como o dia está lindo! Um céu azul, sem nuvens, um sol brilhante  e morno. Acordei com vontade de almoçar na praça, no parque, com sol na cabeça, de óculos escuros e o vento bagunçando o cabelo vez em quando atrapalhando a comer. Estender uma canga na grama, ou sentar no banquinho com a quentinha no colo e ficar ali, ao sol. Essa coisa meio européia mesmo: “take away” e ir para o primeiro espaço verde,  sentar e almoçar em dia de expediente. Uma hora do meio da semana com cara de férias. Fazer uma fotossíntese, ficar no solzinho de papo.

Não sugeri. Já vi que íam me chamar de hippie (no mínimo) e iria acabar aceitando o restaurante mesmo. Almoçar sozinha na praça nem Bridget Jones aguentaria.

Mas estou com a vontade de mesa do lado de fora pra almoçar com os amigos Esse inverno combina com o lado de lá. Vizualize: estar bem agasalhado com casaco de lã,  sentar bem pertinho de quem você gosta com a melhor desculpa pra ficar encostadinho, fazer uma comida quentinha e suculenta, tomar um vinho, uma cachaçinha, uma mesa bem posta, com um imenso vaso cheio de flores. A melhor desculpa também pra uma sobremesa com chocolate. Tudo embaixo do sol morno.

Ouvindo inspirações solares: Lucky One, Au Revoir Simone, e  Here Comes the Sun, Nina Simone.

Foos inspiradoras do Our Youth.

Na minha família, aniversários, batizados, fins de semana, ou qualquer outro motivo levava ao tradicional churrasquinho brasileiro no quintal, que da nossa casa era imenso!

Foi assim sempre. Picanha, cordeiro, coxinha, maminha, coração de frango, vinagrete, farofa, pão com linguiça (o preferido da minha mãe), abacaxi na brasa. Era assim. Cresci assim.

Foi quando mudei pra cidade grande, vertical, e nunca me convidam para um churrasco na beira da piscina. Ninguém tem churrasqueira, nem quintal e a piscina é do condomínio.

Mas fica a dica pra qualquer um que tenha um metrinho quadrado de ar livre (vale um quintal dos fundos, varanda e até jardim de inverno). É a churrasqueira+vaso de planta criada pela Black+Blum. Prática e bonitinha.

Com  bacon as coisas são assim, passionais. Ou se ama ou se odeia. Não dá pra ficar indiferente ou em cima do muro com ele.

Amo bacon sem restrições e descobri nos últimos anos que há muita gente que também pensa assim. Há uma infinidade de pessoas declarando o amor ao bacon em sites, eventos e produtos. Dá pra comprar com alguns clicks pirulito de bacon, chocalate com bacon, e, para os mais apaixonados, tem até perfume de bacon (nas versões gold e classic), entre outras coisas bizarras ou bem apetitosas.

Mas meu novo grande desejo não tem nada de exótico. É a simples e clássica combinação de bacon com ovo em uma apresentação maravilhosa. São esses Bacon Wrapped Eggs, uma espécie de cupcake sensacional.

Dúvido que você não fique com água na boca!

Quem me mostrou essa maravilha (e ainda exigiu que eu os preparasse) foi Alberto Lins, outro grande amante do bacon.

Fotos lindas do Rare Audrey.

Não precisa ser muito bom de matemática pra perceber que 24 horas em um dia é muito pouco. Pelo menos oito horas de sono pra funcionar nas outras 16, mais oito horas que a gente troca por dinheiro (para a maioria das pessoas, pelo menos). De um dia lindo de sol como o de hoje sobram oito horas, muito consumidas por tomar banho, escovar os dentes, ir de um lugar ao outro, academia, pagar contas e, entre outras coisas, comer.

Então eu penso: comer precisa ser um momento de prazer e satisfação. Não dá pra engolir a ração do bandejão com suco de máquina de segunda à sexta. Café da manhã, almoço e jantar não precisam entrar na conta de horas a menos do dia, são momentos que podem entrar nas horas a mais, dessas poucas pra gente mesmo (os assalariados, pelo menos). Tudo bem, o bolso não aguenta comer no bistrô francês no almoço e preparar para o jantar uma massa fresca todos os dias. Mas fica tão melhor passar a semana comendo algo fresquinho, saboroso, fora da praça de alimentação, sem o barulho e cheiro de ovo frito do PF.

Comer bem deixa tudo melhor. Parar uma hora e comer. Degustar. Vale levar a marmita pra comer embaixo da árvore na praça, andar um pouquinho mais de vez em quando até aquele restaurante menos trash, preparar um pouquinho mais no jantar de sábado e guardar pra semana, comer cada garfada devagar, e não com a caixinha entre o teclado e o mouse do computador.

Se não, são só mais duas, três horas à menos das 24 que a gente já não tem. Faz a conta!

A delícia comendo na foto foi fotografada pela Jadedrop.